domingo, setembro 19, 2010

Jogamos?

No inicio, tudo não passava de um jogo sem regras... um tabuleiro novinho em folha... dois dados sem faces definidas.. e um livro de instruções vazio...
Cada minuto era um jogada diferente... inesperada, surpreendente, que fazia o teu e meu coração bater mais rápido e nos confortava com a segurança das maravilhas que o futuro guardava para nós...e era tantas e tão poderosas que, mesmo com medos, mesmo com contrariedades, avançamos ..
Com uma linha, entrelaçamos os nossos sonhos, escrevemos novas histórias e fechamos os olhos..a mão de um aninhada na do outro e um sorriso nos lábios...
Mas à medida que o tempo foi passado, as regras foram surgindo ... a cada anoitecer...a cada “até amanha” proferido com o sangue a fervilhar nas veias... a cada relâmpago de solidão... e com as regras, foi crescendo a necessidade de as quebrar...como um desafio ao que sentíamos, uma tentativa de provarmos à realidade ou a nós mesmos que ainda havia esperança, ainda havia algo para salvar... um pedido de socorro que ninguém haveria de ouvir...
Hoje o jogo não é mais do que um compasso de espera para mais uma regra que há de ser quebrada... já não é a jogada que interessa, mas o tempo que leva até a próxima jogada ... a próxima regra a ser quebrada... e no fim, não haverá mais nenhuma regra para quebrar... simplesmente não haverá nada...nada...

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