terça-feira, janeiro 12, 2010



A areia do tempo escoa pela ampulheta... e com ela leva os meus sonhos de menina, de rapariga... obriga-me a olhar a vida pelos olhos frios de quem já perdeu a inocência dos primeiros anos... dá-me respostas para perguntas que fiz, mas para as quais nunca quis saber a resposta...
Dói viver uma vida com ideais de papel, que se destroem às primeiras lágrimas vertidas... os destroços acumulam-se uns sobre os outros, criam uma fortaleza onde o meu coração se torna
cada vez menos acessível, até não mais ser que um grão de pó num universo de imensidão...

quinta-feira, janeiro 07, 2010

Folha da vida...

Em que tipo de folha é escrita a história da tua vida? Sabes?
Será em branco, com linhas ou quadriculo?
Será colorida como o arco-íris? Com cores que só existem no mundo dos sonhos e nem visíveis são ao olho humano?
Será melodiosa, repleta de colcheias e semi-colcheias que quando o olhar passa por elas geram musica?
Será cheia de riscos erráticos, dobras e cortes estranhos no papel?
Será cheia de desenhos de crianças? Com pássaros e aviões? Casas fumo a sair da chaminé?
Será incompreensível como um electrocardiograma? Ou simples como o desenho de um coração?
Será feita de camadas e camadas de cromos, colados uns por cima dos outros, como a pele da tua mão?
Será composta por fotografias de momentos da tua vida que, sendo estúpidos ou aparentemente insignificantes, que te obrigam a lembrar quem és?
Será apenas preenchida pelo teu nome e nada mais? Um nome só e sem graça?
será previsível como o próximo bater do teu coração?
Será repleta de sentido, de respostas? Ou será inantigível como uma equação matemática sem solução?

Eu não sei de que é feita a minha... tu, sabes?