segunda-feira, janeiro 29, 2007

Não saio de casa!!!

Hoje é 29...bem, não sei se o número em sí conterá algum segredo, alguma mística associada...não sei se é do dia de semana e não do dia do mês...será por ser Janeiro? Mas parece que hoje os céus e terra se juntaram para me tornar o dia difícil...senão difícil, pelo menos caricato...Comecei bem...Sem saber que lá fora chovia, vesti-me com uma saia e sapatos...como calculam é um vestuário e calçado super adequado ao tempo invernoso que atravessamos...Bem, a esse pormenor sobrevivi...depois, em pleno caminho para o trabalho, ora de fazer aquaplanning...está bem que também já tinha algumas saudades, mas no presente contexto da minha vida é de arrepiar a espinha por breves segundos...Quando vinha a chegar, percebo que estou a ficar sem gasolina...ora de ir à bomba (que pelo menos não estava fechada)...depois de atestar o deposito vejo que a roda da frente do carro estava colada ao degrau da bomba...resigno-me com a realidade e entro no posto para pagar...pois então...o cartão não funciona...o homem passa tanta vez o dito no aparelho que pensei que o cartão já se teria desfeito...mas lá resistiu...chego finalmente ao meu posto de trabalho...entro, arrumo as coisas, cada coisa no certo e decido ir à casa de banho para poder finalmente começar a trabalhar...quando entro na casa de banho, viro-me para o espelho e constato que afinal, por artes que desconheço, a pequena racha da minha saia aparenta agora ser um rasgão quase de uma ponta à outra...que bom, não? Ainda em pleno estado de choque, quase a necessitar de intervenção do INEM para uma reanimação, sinto o dedo a prender-se algures nas meias...YES!!! Mais uma unha partida!!!! Bem...vendo por o lado positivo, eu podia ter conseguido dar cabo das meias...e lá aguentaram esta investida...pergunto-me é por quanto tempo mais...até porque, sendo realista...ainda tenho muitas horas e minutos e segundos pela frente...

terça-feira, janeiro 23, 2007

States




Epá...já é tarde...já passa 11 minutos da meia-noite...menos 11 preciosos minutos que vou dormir...ai que até me dói na cornadura...a esta hora, em que debato com realidade de que em menos de 7 horas vou ter que acordar e enfrentar a realidade de que durante_a_semana!=dormir_bem, tenho uma amiga nos states, possivelmente a olhar pela janela a ver os flocos de neve pousarem levemente na cabeça de algum esquilo atrevido...sim...porque atrevidos são...e com um sol radiante a emoldurar os céus...e agora, se houver alguma coisa a emoldurar os céus por estas bandas, só se for uma nuvem carregada de alguma coisa (há quem diga agua pura, eu diria mais água de questionável qualidade)...bem...tb há a lua...mas essa, bem ou mal, está sempre lá pregada. Lembrei-me agora de uma noticia recente sobre um meteorito que caiu, penso que algures nos estados unidos...mas também tudo acontece lá...são terramotos, são erupções, são tornados, são incêndios...aqui, se tivermos sorte lá apanhamos com uns ventintos que dão, quando muito, para escangalhar o guarda-chuva...mas é obvio que isso nunca impede a protecção civil de emitir 60000 mil alertas sobre as perigosas manifestações climáticas que vamos atravessar...temos que dar o desconto, eu sei...eles também quase nunca têm alguma coisa para fazer e assim sempre se vão entretendo...mas acho piada...em Portugal, emite-se um alerta de mau tempo e o resultado são alguns pingos de chuva mais grossos (com aquaplanning à mistura) e, com ajuda de umas sarjetas sempre sujas, lençóis de água a que, com benevolência, chamamos de inundações...nos estados unidos, emitem-se alertas e vêem-se vacas e camiões TIR a voar...aquilo é que é emoção radical...pensando bem, vou avisá-la que é melhor andar de guarda-chuva...nunca se sabe o que cai dos céus...

domingo, janeiro 21, 2007



Os meus olhos começam a fechar-se... cansaram-se de lutar. O calor indolente da tarde envolve o meu corpo num torpor avassalador, doce como as tardes do antigamente em que me entregava ao embalar do ponteiro do relógio. Teremos nós perdido esse segredo? Essa capacidade de viver os segundos sem pensar, sem racionalizar, sem ânsia de os perder? Por vezes sinto-me como uma criança, no meio de um mar de outras crianças... a determinada altura, trazem um bolo para cada uma…eu fico à espera que as outras o provem para perceber se é bom…o meu faro felino diz-me que sim, mas a minha duvida cartesiana aconselha-me a deixar que outros o provém, que o testem…e as crianças tiram bocados, saboreiam, e as suas caras denunciam a inegável satisfação que sentem…nesse momento, eu percebo que guardo um tesouro, algo indescritível…e agarro-me com toda a força ao bolo, com medo de perder uma migalha que seja…o tempo passa, e o bolo permanece…sem ser tocado, sem ser comido…até que começa a deteriorar-se…mas eu continuo numa obstinação cega que me impede sequer de perceber que tenho em meu poder a última oportunidade de saborear o que resta daquela riqueza entregue a mim…e assim, perco tudo…quando finalmente acordo, o bolo já não é bolo…já não é prazer, já não é satisfação…é apenas uma memória do que poderia ter sido e não foi...

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Where to?

I have finally reached the 20,08 km...the beginning is the hardest part...

Status 2

Bem....já vou no km 19,30 e nem notei...impressionante....'I´m Invencible'!!!

UAU!!!!!!!!!!

Bem...é verdade...já estou a uns bons 18,08 km....não é fantástico?

Status da Prova

Depois de ter entrado num deserto árido...já percorri 17,11 km...bestial, hein?

E já...

E já lá vão 15,39 km!!!!!! YEH!!!!!!!

Quanto faltará para a meta?

E já vão 12,10 km....YEH!!

It has already started...She is now 10,27 km from the start point!!!

quinta-feira, janeiro 11, 2007

(Ausência de Som)


Bastou uma palavra...uma única palavra para perceber... um conjunto não aleatório de letras, símbolos que na sua simplicidade sintetizam toda a minha existência, com especial incidência sobre o que vivo e respiro neste momento... 'silenciosa'...talvez seja uma palavra caridosa... sendo minimamente realista, devo utilizar a palavra 'amordaçada'... sim... e pior que tudo, a consciência da identidade do meu carrasco...um reflexo difuso onde me reconheço... sim, admito... sou eu o meu próprio carrasco...e é imenso o que esta realidade implica...a minha vida garante a vida do meu carrasco...a minha morte, a sua morte...como é possível que o ar que entra nos meus pulmões, a comida que ingiro sirva para alimentar essa besta? essa criatura castrante, asfixiante, que não conheçe amor ou carinho...que ao longo de toda a minha existência me minou a felicidade, a esperança na felicidade...sei lá...me roubou o que nunca tive....talvez seja altura de tirar a mordaça que me impediu de viver, partilhar...de existir...nem que para isso tenha que me sacrificar...é uma luta em que a vitoria é o fim...mas também a paz, a tranquilidade e a possibilidade de uma vez na vida, única que seja, fazer o que quero e o que sou...finalmente!

What language does God speak?


Can i try something? whatever crosses my mind? can anyone out there help me? maybe i´ve been speaking a strange language...if i speak English, will someone help me please? Is it possible that God only speaks English? Have i been talking only to myself? well i am willing to try everything...if i have to learn a different language to guarantee that my requests are answered, i will...i have fallen into darkness and my strengths are nearly in the end...now, i´m like an iceberg...something without life, cold, isolated from the world, that keeps melting away...someday it just disappears into a world of silence, of death...maybe that's what i need...

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Perco-me...





Sou várias pessoas....Sinto-me no centro de um turbilhão de personalidades, e não consigo encontrar-me em lado nenhum...olho-me ao espelho e não me reconheço...vejo apenas aquilo que suponho ser uma cara distorcida...deduzo que o rosto tem olhos, nariz, boca...tudo o que constitui um rosto...mas é feita de traços desajeitados, imprecisos, confusos...não há absolutamente nada harmonioso...é a face da discordia, da indefinição...perdi-me algures...e não há forma de conseguir recuperar o que fui...Definho...